Congresso SONO 2022

Dados do Trabalho


Título

Perfil dos idosos com distúrbio do sono residentes em Instituição de Longa Permanência numa capital da Amazônia Ocidental Brasileira

Introdução

Indivíduos com problemas de sono apresentam maior prevalência em condições de morbimortalidade, número superior de hospitalizações e busca por serviço de emergência médica. Os distúrbios do sono são principalmente frequentes em idosos institucionalizados.

Objetivo

Caracterizar o perfil dos idosos com distúrbio do sono residentes numa Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) de Rio Branco, Acre, Brasil.

Métodos

Estudo observacional, transversal, analítico, de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes na única ILPI de Rio Branco, Acre, Brasil. A descrição das variáveis categóricas foi feita por meio das distribuições de frequências absoluta (n) e relativa (%); as variáveis contínuas foram avaliadas por média e desvio-padrão. Utilizou-se Regressão de Poisson com variância robusta para calcular a Razão de Prevalência Bruta (RP) entre as variáveis independentes e o desfecho (distúrbio do sono) e seus respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. O desfecho foi medido através de duas escalas: Perfil de Saúde de Nottingham e Escala de Sonolência de Epworth. Os dados foram analisados com auxílio do software SPSS Statistics 20.

Resultados

: Foram estudados 10 indivíduos. A média de idade foi de 70,40 (±8,07) anos. Dos entrevistados, 60% eram do sexo feminino, 40% não tinham companheiros, de cor parda (60%), aposentados (90%), com escolaridade de até 04 anos (90%). Na amostra analisada, 100% das mulheres possuíam distúrbio do sono (RP = 2,00; IC95%: 0,75-5,32). A prevalência de distúrbio do sono foi maior em indivíduos ≥ 80 anos (100,0%; RP = 1,33; IC95%: 0,89-1,98), de cor da pele autodeclarada negra/parda (87,5%; RP = 1,75; IC95%: 0,42-7,17), que não sabiam ler e escrever (83,3%; RP = 1,11; IC95%: 0,56-2,17), sem fonte de renda (100,0%; RP = 1,28; IC95%: 0,90-1,82), que fumam ou já fumaram (RP = 2,00; IC95%: 0,75-5,32), com sintomas depressivos (87,50%; RP = 1,75; IC95%: 0,42-7,17). Todos os indivíduos com distúrbio do sono apresentaram dependência funcional para atividades instrumentais. A prevalência de distúrbio do sono foi 28% maior em indivíduos sob risco de desnutrição ou desnutridos, e naqueles com alto risco para queda.

Conclusões

Os resultados sugerem um importante efeito do sexo, hábito de fumar e sintomas depressivos sobre o padrão de sono dos participantes. O reconhecimento dos fatores associados proporciona elementos para a elaboração de intervenções sobre o sono desta população.

Palavras -chave

Idosos; Distúrbios do Sono

Área

Área Clínica

Autores

Priscila Araújo Melo, Suleima Pedroza Vasconcelos, Polyana Bezerra